sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Restolho

"...Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração
"

Adaptação de um poema de Fernando Pessoa

4 comentários:

margarida disse...

Este poema é realmente muito bonito,esteja ele escrito ou seja cantado.

bjinhos e bom fim de semana

A Loja da Rosinha disse...

A Rosinha não se esquece dos papás e já preparou algumas surpresas. Venha espreitar.
Beijinhos floridos da Ursa Rosinha

Carla O. disse...

Nem mais!
Óptima escolha :)
Beijo GD

Gina A. disse...

Adoro Fernando Pessoa... :)

Um beijoooo