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Do Ricardo

R- Oh mãe, mãe chega aqui....
(e com a voz mais doce e triste)
R- Eu não tenho cabelos como o pai!
M- Cabelos, então não tens?
R- Não, o pai tem aqui (e mostra a perna) e eu não tenho....
M- Oh filho, deixa estar que eles vão crescer, estás a ver (e mostravá-lhe enquanto puxava os poucos pelos que tem, mas que se nota que vai sair mesmo ao pai)
(Com os olhos a brilhar, disse:)
R- Obrigada, mãe.

Esta pressa de crescerem......

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O Nuno estava na casa de banho, e o Ricardo adora andar atras do irmãe e a dar ordens, para mostrar que é mais velho. O Nuno caiu entre a banheira e o bidé. Claro está que ficou a chorar baba e ranho. Enquanto eu o consolava, o Ricardo só disse:

"Bem feito Nuno, eu já te tinha dito para saires da casa de banho!!!!!"

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Hoje ao jantar, o Ricardo vira-se para o pai:

R: Pai, és taõ bom para mim. E tu também mãe.
P: E quando o Ricardo se porta bem, o pai gosta tanto tanto do Ricardo.
R: (passados 30 segundos) Eu também gosto muito de ti, pai quando te portas bem!


Do Nuno

Adoro a cara que ele põe, com um sorriso matreiro, e fica quieto à espera, enquanto eu delicio-me a dar-lhe beijocas nas pernas, nas bochechas e nos bracinhos.

Adoro o jeito que ele faz à cabecinha à espera de dar uma turra quando quer brincar com algúem.

Adoro a cara que ele faz de alegria e as gargalhadas que dá, quando vê o irmão e quando este começa a brincar com ele.

Adoro os gritos que dá, quando algúem lhe faz algo que não gosta (vai ter um feitio vai!)

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No infantario, ao fim de um mês de lá estar, não é poupado a elogios. É mimado por todas sem excepção de salas.
Dizem que é um santo, que nunca se ouve, dorme bem e come bem. Nem colo pede e que elas têm pena e dão-lhe colinho de vez em quando. Fico a pensar porque é que em casa ele está sempre a pedir atenção e nunca quer ficar sozinho e reclama quando não é feita a sua vontade.

Ontem até de manhã quando o fui deixar, fiquei bastante tempo a despedir-me dele. Ou seja, a fazer tudo o que uma mãe não deve fazer, a ver se chorava um pouco para elas verem que ele afinal também chora, grita e afins. Não é que o malandro, olhava para mim enquanto me ia embora e ria?